sexta-feira, 24 de abril de 2015

Petição e Touradas

Ontem assinei a petição "Proibição de subsídios públicos a actividades tauromáquicas".
Não gosto de touradas, mas não me dou ao trabalho de argumentar contra elas. E só não o faço porque parto do princípio científico de que, quem gosta, só pode estar maluquinho da cabeça. Assim, fazer entender aos aficionados o quão grotesca é a tourada, é a mesma coisa do que pedir à Joana Vasconcelos que faça uma obra de arte que caiba numa mesinha de cabeceira.
O que mais me preocupa não é o fim das touradas porque, mais tarde ou mais cedo, vai acontecer. O que me tira o sono é o das saídas profissionais dos touros quando isso acontecer. Já estou a imaginar as taxas de desemprego a dispararem, lado a lado com a das pessoas. E convém, à partida, combater a subsídio-dependência da classe taurina.
Deste modo, proponho um projeto-piloto: dar formação de patrulha aos touros de Vila Franca de Xira, Santarém e Barrancos. Ou seja, alijar o fardo da polícia dentro das localidades e colocar touros a percorrer as ruas da localidade.
No fundo, era banalizar as largadas de Pamplona. Os patrões instituíam 'dress code' só com roupas vermelhas. As pessoas nunca mais chegavam atrasadas ao trabalho e a produtividade disparava.
Podia até contribuir para a diminuição de adultério. O marido saía à noite para "comprar tabaco" e chegava ele a casa com cornos, enfiados no abdómen.
Mesmo os adolescentes à ida para a escola tornar-se-iam mais sociáveis. Não iam com a cara enfiada no telemóvel e estavam em permanente alerta para uma possível pega de frente.
Não têm nada que agradecer. Ora essa!

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