quarta-feira, 17 de junho de 2015

Guerra dos Grunhos - um guia mundano da guerra dos tronos (2)


[Este post não contém spoilers]

Depois de termos contado a história da família Estarco (AQUI), passamos a outra família que disputa o trono da direcção do condomínio da torre 5 do Aleixo: os Lanistérios.

LANISTÉRIOS

A história desta família vai parecer rebuscada, mas há muito que matuto nela e só decidi partilhá-la porque se encontra em ponto de rebuscado.
Passada a chalaça gratuita, os Lanistérios vivem no 3º Esquerdo Frente, num T3 (os ricalhaços!) e devem o seu nome a dois factores: um antigo, que vem lá de trás, e a um recente, que também vem lá de trás, mas em menos.

O factor antigo diz respeito a um episódio que envolve o Douro, um barco cheio de lã e Salazar. O fundador da família, Tintlim, era um sem-abrigo órfão. Durante uma noite fria de Outono, mas com o Inverno quase a chegar, viu estacionado um barco rabelo na Foz, carregado de lã. Entrou e adormeceu, embrulhado num milhão de novelos. Na manhã seguinte, a polícia acordou-o e perguntou-lhe se aquele barco era dele. Ele hesitou e respondeu que sim. A polícia replicou que estava atracado em segunda fila e tinha que se pôr a vogar. Nem queria acreditar! Quando estava quase a chegar à Ribeira, reparou numas calças e num cinto pendurados na proa. Estavam embebidos em sangue e havia restos de miolos no rebordo. Tintlim percebeu logo o que se passara. O dono do barco deve ter escorregado e batido com a cabeça, pelo que devia estar a boiar algures no Oceano Atlântico. Era o passo que faltava para tomar conta do barco. Tinha apenas que eliminar os vestígios de sangue e massa encefálica. Foi aí que se serviu de um salazar e raspou tudo até ficar imaculado. A partir daí tornou-se mercador de lãs e o barco era o seu ministério. O seu nome de família passou a ser Lanistério.

O factor mais recente é que todos os membros da família são loiros. E são-no porque usam água oxigenada para tingir o cabelo, ou não quisessem ser parecidos com o seu ídolo: Eminem. Sempre que passeiam pelo bairro, ouve-se alguém: "Ó Lanistério, bais cá cuma lã. Bai lá, bai, meu paneleiro!"

No apartamento vivem 3 irmãos e 3 filhos:
- Cerci não joga com o baralho todo. Tem duas obsessões: a direcção do condomínio e uma paixão avassaladora pelo irmão Jaime. Já foi expulsa das reuniões de condomínio com termo de identidade e residência e serve-se dos filhos como fantoches. Eles dizem que ser fantoche aleija no esfíncter e ela acalmou. Ultimamente, tem-se divertido no Colour Run da Cedofeita, da qual também foi expulsa por o ter feito toda nua [este é mais ou menos spoiler].
- Jaime sente-se emparedado. Cerci não o deixa procurar outras mulheres e já o privou da masturbação, ao cortar-lhe a mão direita. Jaime ainda arranjou uma mão de ferro e tem-se divertido à mesma, apesar de ter ganho ferrugem na glande.
- Frei Jó, Tó Man e Morcela são os filhos desta união que faz sorrir Eça de Queirós. Frei Jó é um inocente sádico. Quando perguntou à mãe de onde vinham os bebés, ela respondeu-lhe: "Olha, meu cabrão, o homem trespassa a mulher com uma vara, ela engorda que nem uma vaca e sai-lhe um leitão pela c..." Já perceberam. Frei Jó anda a tentar constituir família com um arco e uma flecha, mas até agora nada. A Morcela chama-se, na realidade, Lisandra mas ganhou esta alcunha por gostar muito de chouriças de sangue, se é que me faço entender. Já fez 8 abortos, pelo que ganhou o respeito da comunidade normal, mas é completamente renegada pelos amigos que levam os 15 filhos para a fila da Segurança Social. O Tó Man não é importante para ter história aqui.
- Tio Rion é irmão de Jaime e Cerci e tem a particularidade de ser anão. É conhecido na família como o gajo normal. E também o mais antiquado, pois tentou seguir a carreira de bobo da corte, mas em repúblicas não é uma profissão com muitas saídas.

[Fim da Parte 2]

Sem comentários:

Enviar um comentário