terça-feira, 11 de novembro de 2014

A Espuma do Dias Loureiro

Ui, ui! Que tema tão polémico!
Sobretudo, se ainda estivéssemos em 2011.

A PruX traz A Espuma do Dias Loureiro de Boris Vian Ici, uma trama ainda mais intrincada do que a teia de Penélope, essa quase desavergonhada.
Trata-se de uma história em yo-yo, que mete um russo, o Dias Loureiro e muita espuma.

Dias Loureiro adorava as quartas-feiras; sobretudo as discotecas às quartas-feiras; sobretudo as festas da espuma nas discotecas às quartas-feiras; sobretudo gostava de vestir o sobretudo nas festas da espuma nas discotecas às quartas-feiras; sobretudo, o gajo que escreveu isto queria usar a palavra sobretudo com ambivalência: sobretudo e sobretudo.

Irra!

Dias Loureiro não sabia o que o levava a procurar as festas da espuma, mas não lhes resistia. Talvez lhe tenha fugido da memória mas, ainda petiz, os amigos lançavam bolinhas de sabão pelo ar enquanto o obrigavam a beber o excesso de espuma feita de Sonasol.
Foi numa dessas festas que conheceu um cientista russo: Pavlov. Imersos na branquidão da discoteca, Pavlov soube por Dias Loureiro a sua vertigem pela espuma. Disse-lhe:
- Posso fazer com que não tenhas que procurar a espuma fora de ti. Eu consigo fazê-la brotar de ti.
Dias Loureiro não podia acreditar. Era o seu sonho. Porém, vinha com um preço:
- Para isso acontecer, tenho que accionar um mecanismo para te fazer espumar automaticamente. Sempre que alguém te oferecer dinheiro, tens que cometer uma ilegalidade. Só assim espumarás.
E o resto é história.
Consta-se que ainda hoje continua a espumar, apesar de ser extremamente difícil de o fazer no seco clima das Ilhas Caimão.

A não perder!

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