- Obter direitos de autor pela invenção da roda:
- Mudar o nome de Marxismo para Javalinismo:
No Javalinismo, queria eu dizer.
O barbudo de Trier pensou nos pobrezinhos quando contava quase com 30 anos, enquanto eu pensei neles quando tinha 14. Bem, não em todos os pobrezinhos, que são muitos, mas como tinha que começar por algum lado, pensei em iniciar comigo.
Como qualquer grande quadro ideológico, este também nasceu da necessidade (e do 'bué da' tempo livre):
Todos os fins de tarde sentava-se em frente à TV a ver o Marés Vivas e questionava-me (depois de uma sessão de auto-satisfação, obviamente):
"Como é que um gajo pode deglutir uma gaja como a Erika Eleniak?"
E nada!
Os dias passavam e rien.
Aconteceu até ir correr para a praia com um meco de sinalização ao pescoço (que era o mais próximo que existia das bóias de salvação do programa televisivo) para ver se chovia alguma coisa.
Quando folheava a Super Pop de Julho de 1993, deparei-me com a realidade: a Erika namorava! E não era um namorado qualquer: era rico!
Foi aí que desenvolvi aquilo a que as pessoas chamam (erradamente) de Marxismo. Não desenvolvi imediatamente, pois a Super Pop daquele mês trazia um poster central da Erika e fiz um intervalo no WC mais próximo.
Bem, havia uma solução óbvia: tornar-me rico. Mas como era um gajo cool não queria correr o risco de me poder tornar num filho da puta.
Ora, se só os ricos (esses opressores) tinham acesso a gajas boas, tínhamos que mudar de paradigma: os pobrezinhos também deviam ter direito a comer gajas boas.
A ideia era muito simples: abolir a posse de Erika's (propriedade privada) em favor da colectivização das mesmas.
Como o Marxismo, também o Javalinismo tem muitos adeptos teóricos e muito poucos praticantes.
A culpa também é minha, que não me exprimo muito bem, sobretudo desde o dia em que propus ao Tomás, o meu amigo do râguebi, para partilhar a Celeste com os amigos.
É muito difícil discursar sem incisivos e caninos, e quando as palavras parecem todas compostas por éfes.
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